domingo, 14 de junho de 2015

Madeiras usadas
 
Pilares
 
A decisão de não aparafusar, pregar, ou usar qualquer tipo de ferragem directamente na árvore foi unânime. A  nossa ameixoeira já é muito velhinha e qualquer ferida podia ser-lhe prejudicial. Sabemos que existem ferragens próprias para uso nas árvores - consultar https://en.wikipedia.org/wiki/Treehouse_attachment_bolt - (iremos dedicar um capítulo dedicado a este tema), no entanto optamos por suportar a casinha em quatro pilares.
 
Desta forma partimos para o desenho da árvore tendo como base os 4 pilares. A partir desta decisão foi muito fácil começar com a construção.
 
O desenho dos pilares, pavimento e barrotes de suporte para o pavimento foi feito com o objectivo de calcularmos a quantidade de barrotes necessários.
 
 

 
 
 
De notar que se decidires usar mais do que uma árvore para suportares a tua casa da árvore podes fazê-lo usando as ferragens próprias ou podes usar também a solução dos pilares (exemplos em baixo).
 

 
 
 
 
Os barrotes escolhidos foram de 8x8 cm. Suficientes para suportarem o peso da casinha e dos ocupantes. Uma vez que a casinha se destinava aos nossos pequenos, o dimensionamento dos barrotes foi ideal.
 
Desta forma tanto os pilares como os barrotes de suporte exteriores (que iriam suportar o pavimento) foram de 8x8 cm - ver foto em baixo.
 
 
 

Pensamos importante nesta fase informar a origem de toda a madeira que usamos no nosso projecto: Serração António de Barros Presa & C Lda, Av. São Cristóvão 2296, 4500 Mozelos. Outras serrações mais próximas de tua casa devem ser contactadas.
 
Nunca compres madeira em grandes superfícies. Usa barrotes/ripas/tábuas que tenhas na garagem, que encontres em casa de familiares, serrações. A única razão para não o fazeres é o preço. Normalmente sai mais dispendioso comprar barrotes, ripas e até mesmo lambris (que servem para fazer as paredes e forros) nas grandes superfícies do que nas serrações. E é muito fácil encontrar alguma que não esteja a mais de 20/30 km de tua casa, basta perguntar ao Google.
 
No próximo post tentaremos pormenorizar como fixamos os pilares no terreno e como fizemos a ligação entre eles. Com esta dica pensamos que vos vamos fazer poupar muito tempo.
 
Temos muito que queremos dizer, mas achamos que ao passar pequenas dicas de cada vez vos faça entender passo a passo todas as nossas decisões.
 
 
 

Se tiveres qualquer dúvida não hesites e coloca todas as questões que quiseres. Queremos ajudar!

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Uma pequena sequência da evolução da casinha da árvore

 
 
 
 
 
 
 
 
Ferramentas
Aproxima-se o Verão que é sem dúvida nenhuma a melhor altura para iniciares a tua casa da árvore.

Antes de entrarmos nos pormenores dos planos, desenhos, cálculos e dimensões, e antes mesmo de qualquer esforço, achamos necessário apresentar uma pequena lista das ferramentas que usamos. Entre os 3, Toni, César e Pedro conseguimos reunir um conjunto de ferramentas que nos permitiu seguir com o projecto e com os planos. Hoje sabemos que, se na altura tivéssemos uma serra de mesa, uma serra circular mais actual, um disco de corte mais afiado, aparafusadoras eléctricas (várias vezes usamos o berbequim como substituto), teríamos poupado algum esforço e tempo. Mas não teria sido a mesma coisa. Tornou-se até mais divertido porque nos permitiu rir, suar, apreciar, desfrutar e partilhar cada momento (apesar do esforço), quais cúmplices da azelhice e da falta de ferramentas ideais. Deixamos então aqui a lista de ferramentas que usamos (incluindo a indispensável Mini da Super Bock, essencial para quase todas as etapas do projecto).


  

  • Pá, picareta e pequena enchada (estes serviram para abrir os buracos dos 4 pilares onde assentamos a casinha);
  • Martelo de orelhas;
  • Martelo de pedreiro;
  • Lápis;
  • Fita métrica;
  • Serrote; Esquadro;
  • Nível;
  • Escadote;
  • Suta (foi essencial na construção das escadas);
  • Chave inglesa;
  • Alicate de pressão;
  • Alicate universal;
  • Alicate de pontas;
  • Chave de porcas;
  • Chaves de parafusos (de fenda e Philips);
  • Grosa;
  • Serra circular (velhinha e com disco da mesma idade, mas sempre a darem o litro);
  • Tico-tico (e várias serras de reposição);
  • Moto-serra (sim, usamos para cortar alguns ramos no início, onde era preciso criar espaço para a casa. E deu um jeitão. No entanto, também usamos o serrote e o tico-tico para o mesmo efeito);
  • Berbequim;
  • Várias brocas;
  • Pontas aparafusadoras para o berbequim;
  • Parafusos (mais que muitos);
  • Pregos (bastantes);
  • Porcas M12;
  • Vara de rosca (12 mm de diâmetro);
  • Serra manual de cortar metal;
  • Luvas;
  • Minis (de preferência Super Bock);
  • Extensão eléctrica.


No próximo post tentaremos dar-te algumas pistas de que madeiras usar, dimensões, onde encontrar e que preços são aceitáveis.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Local

O local também não foi difícil porque ele foi seleccionado naturalmente pela árvore. No entanto, a sua localização era perfeita: no meio do jardim afastado das vistas. Não é visível da rua, não é visível dos vizinhos, não temos cursos de água por perto. Parecem pormenores mas na realidade ninguém quer construir uma casinha na árvore, divertir-se e depois alguém decide denunciar às autoridades locais e acaba-se o divertimento.

Escolha da árvore
 
Este é sempre o primeiro passo quando se decide construir uma casa na árvore. É ela que vai definir o desenho, área, espaço final. A árvore deve ser, essencialmente, uma árvore saudável. Não é tanto o porte ou a altura, mas sim o facto de ela ser saudável e poder resistir à construção de uma estrutura.
 
De facto, a escolha da árvore para nós foi fácil uma vez que era a árvore com o tronco mais largo do jardim e de maior porte. Para os primeiros estudos do desenho da casa só tivemos que subir à árvore e imaginar o espaço que ela poderia ocupar por entre os ramos. Depois colocamos uma placa de madeira que tínhamos na garagem por entre os ramos para simular o chão da casa, tentando imaginar em que sítio poderia ficar.
 
Aliás, este é um dos grandes atributos de fazer uma casa na árvore: existem poucas regras e a imaginação e a criatividade é que ordenam. Por isto mesmo a construção de uma casa na árvore nada tem que ver com as estruturas em terra. Outras técnicas mais elaboradas consistem em desenhar a casa em papel vegetal por cima de uma foto com a(s) árvore(s) por baixo.
 
 
 
Algumas dicas
 
Devem ser usadas árvores maduras. São maiores, mais fortes e movem-se menos com o vento do que as mais novas.
Deves inspeccionar se a árvore tem buracos no tronco, se tem sinais de infestação de insectos. Em resumo, por questões de segurança, não deve ser escolhida uma árvore que apresenta dúvidas relativamente ao estado de saúde e à possibilidade de se mover demais durante tempestades.
 
O inverno de 2013 foi rigorosíssimo, cheio de tempestades, chuva e vento. A nossa casa não sofreu nenhum dano causado quer pela tempestade quer pela árvore.
Hoje a casa está assim

 
Os arquitectos, engenheiros civis, mestres de obra, carpinteiros, marceneiros e pedreiros da obra: Toni à esquerda, César ao centro e Pedro à direita.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Apesar deste blogue "Construção de uma Casa na Árvore" apresentar algumas fotos bonitas, não se trata de um espaço para passar tempo. Este blogue é para pores mãos à obra e começares a fazer a tua própria casa da árvore.
E uma vez que acreditamos que o difícil é começar, esperamos que a forma como apresentamos todos os passos que demos para construír a nossa, vos ajude a iniciar o projecto.
 
Para a nossa casinha fizemos alguns planos iniciais com dimensões e lista de materiais. Depressa percebemos que ter dimensões exactas era impossível (pelo menos inicialmente). A árvore (uma ameixoeira) tinha muitos ramos, e à medida que fomos avançando no projecto tivemos de adaptar as dimensões da casinha.
Nenhum projecto pode ser igual a outro simplesmente porque não há 2 árvores com a mesma forma ou tamanho. A nossa casinha pode servir de modelo mas não será concerteza o modelo exacto da tua casa.
No entanto esperamos que sirva de inspiração. Pela consulta que temos feito (internet, livros e revistas) há construções que podem durar 1 tarde, outras um Verão inteiro... Tudo depende do tamanho ou dimensão da construção, da disponibilidade e dedicação. Para terem uma ideia, o tempo dedicado à nossa já foi de cerca de 100 horas. Cerca de metade delas em Agosto de 2013. As restantes dividiram-se por alguns fins de semana de Setembro, Outubro e Novembro. Ao dia de hoje falta-nos fazer as janelas e dar-lhe um acabamento...